Trata-se de uma aldeia de provável construção baixo-medieval. O caminho que de Seixo de Manhoses dá acesso à aldeia é marcado, numa encruzilhada próxima, por um cruzeiro, erguido sobre um soco quadrangular com alminhas do purgatório pintadas, na face virada a norte, e constituído por uma cruz latina com imagem de Cristo. A aldeia desenvolve-se para oriente do cruzeiro. As construções são em alvenaria de granito e, em alguns casos, em silhares de granito. Na sua maioria mantêm o pé-direito, correspondendo a um registo ou dois, mas apenas com vestígios de coberturas, sobrados e caixilharias. A este do aglomerado, estende-se uma extensa eira de muito bom labor em silhares de granito bem aparelhados. É também um excelente miradouro.
Capela de planta longitudinal, com alpendre no frontispício. Na nave, do lado do Evangelho, numa edícula há uma representação escultórica de São Pedro.
Na parte de trás do altar-mor, de talha e da pintura, subsistem frescos numa área de 3,80m X 2m. Na parte central desta composição está representada a “Coroação da Virgem”, do lado direito aparece a cena “Anunciação” e do lado esquerdo surgem as figuras de “Sant’ana e São Joaquim”. Estas três cenas estão delimitadas por elementos arquitetónicos.
Segundo o Historiador de Arte Vítor Serrão, estas pinturas terão sido executadas por um mestre português ou galego, em meados de Quinhentos, e apresentam características maneiristas de influência flamenga.
Datação: Edificada no Séc. XVI.
Est. De Conservação: razoável.
Fonte: Património dos Concelhos da Terra Fria: Concelho de Vinhais VOLUME I
Pequena capela com portal de arco em volta apontado, encimado por um campanário sem sino. Interiormente apresenta uma nave de reduzidas proporções, separada da capela-mor por um cruzeiro triunfal de arco de volta perfeita.
Antes da reconstrução a capela esteve abandonada e chegou a ser usada como abrigo para os animais.
Datação: De feições medievais, totalmente reconstruída nos anos 90 (século XX)
Estado de Conservação: Muito bom.
Situada no alto de uma pequena elevação, de onde se pode obter uma vista panorâmica da aldeia e arredores, esta capela foi construída em estilo românico, sendo provável que possua uma necrópole romana. A capela de Santo Cristo desempenhou o papel de igreja paroquial de Picote até à construção da atual igreja. Como em qualquer terra portuguesa, também o povo de Picote tem a sua festa dedicada ao Santo Cristo.
Datação: Igreja de raiz românica
Capela alpendrada de pequenas proporções. Na capela-mor guardam-se alguns ex-votos de madeira com policromia.
Datação: século XVI (1509).
Est. De Conservação: bom.
Freguesia: Grijó de Parada
Fonte: Património dos Concelhos da Terra Fria Concelho de Bragança VOLUME II
Espaço privilegiado para a realização de espetáculos e exposições.
Edifício de planta longitudinal de dois pisos, dividido em dois corpos, com capela privada num dos extremos, que foi recuperado para receber a Casa da Cultura de Vimioso. Auditório, Cinema, Espaços de Exposições.
Est. De Conservação: muito bom
Datação: Época Contemporânea (conjetural).
A Casa do Pauliteiro é um equipamento único no país criado para salvaguardar uma tradição secular de Sendim. A antiga sede da Junta foi requalificada para acolher um núcleo museológico no piso térreo enquanto o primeiro andar dispõe de uma sala de conferências, na qual o visitante pode assistir a um vídeo sobre os pauliteiros.
Construído no início da nossa nacionalidade, século XII, teve até ao século XIII um papel militar e estratégico fundamental, devido ao facto de estar situado numa zona de grandes disputas fronteiriças. Encontra-se a 690 metros de altitude, ao lado da ribeira da Angueira, podendo observar-se uma paisagem magnífica.
Monumento Nacional e Imóvel de Interesse Público, com cariz militar, serviu de vigia e defesa do perigo proveniente de Espanha, mais concretamente do reino de Leão.
Classificação: IIP (Dec. nº40 361, DG 228 de 20 Outubro 1955).
Datação: século XIII.
Est. De Conservação: bom.
Lendas e Tradições: junto do castelo, que o povo diz ter sido construído pelos mouros e reconstruído por D. Dinis, fica a capela de Nossa Senhora da Assunção dita do Castelo, localizada no Cabeço da Penenciada, utilizada como igreja matriz até à mudança da população por “desabrido e falta de água”, ou devido a uma praga de formigas.
No tempo quente o povo ia em procissão buscar a imagem da Senhora, para a levar à paroquial onde lhe era dedicada uma novena com missa cantada.
Noutra lenda diz-se que o senhor do castelo foi surpreendido por D. Pedro, o Justiceiro, quando se preparava para abusar de uma donzela, sendo por isso severamente punido.
Fonte: Património dos Concelhos da Terra Fria: Concelho do Vimioso, VOLUME I
Não se sabe quando terá sido mandado edificar e que monarca o terá ordenado, no entanto alguns autores defendem que teria sido o rei D. Dinis, uma vez que existem referências a obras na Praça de Vinhais com construção de algumas torres durante o seu reinado. Pela sua localização fronteiriça, o castelo teve grande importância militar, pois o território desde sempre foi cobiçado por monarcas vizinhos.
Ao longo da história esta muralha foi rampa de várias lutas, heroicamente salva pelos seus habitantes.
Classificação: Classificado como Imóvel de Interesse Público, Dec. Nº 36 383 DG 147 de 28 de Junho de 1947.